quinta-feira, 22 de junho de 2017

Santa Casa de Sobral torna-se referência no atendimento da Melioidose na região Norte do Estado

Tomada aérea da Santa Casa de Misericórdia de Sobral - Foto: Luiz Queiroz
Em visita técnica à Santa Casa de Misericórdia de Sobral (SCMS), no dia 12 de junho, a Secretária de Saúde do Estado do Ceará (SESA-CE) conheceu a estrutura assistencial do complexo hospitalar para atendimento aos pacientes suspeitos ou confirmados com Melioidose. Esse momento faz parte do processo de reconhecimento da instituição de saúde como Hospital Sentinela para a doença. Os técnicos da SESA-CE conheceram os setores da enfermaria São Joaquim, da Pediatria, Emergência, Unidade de Terapia Intensiva e Laboratório.
A Melioidose é uma doença de amplo aspecto clinico, portanto, pode simular outras doenças, que no homem acomete principalmente os pulmões, sobre tudo em pacientes com histórico de exposição a solo e água, que apresentam quadros agudos de pneumonia e sepse graves procedentes da comunidade. No Ceará, há relatos da bactéria causadora, Burkholderia pseudomallei, em áreas como Guaraciaba do Norte, Ipu (Bica do Ipu), Ubajara (Cachoeira do Boi Morto), Santa Quitéria e Granja. Na região Norte do Estado, a Santa Casa de Misericórdia de Sobral é referência no atendimento da doença.

Bactéria Burkholderia pseudomallei. Fonte: npr.org
A Burkholderia pseudomallei, bactéria causadora da melioidose, está presente na água e nos solos quentes e úmidos e pode penetrar no organismo humano através das vias respiratórias (água, poeira ou aerossóis) e lesões cutâneas, sendo os pulmões o principal órgão afetado. A bactéria pode permanecer incubada por longos períodos, vindo a doenças se manifestar muitos anos após. O diagnóstico e tratamento da doença em geral são complexos, pois a Melioidose ‘imita’ muitas outras infecções bacterianas e com resposta terapêutica a poucos antibióticos. É fundamental a realização de hemoculturas para identificação da bactéria antes do inicio do tratamento. Para evitar novos casos de Melioidose é preciso identificar as áreas de risco com suspeita de ocorrência da doença, além evitar atividades de recreação de intenso contato com o solo e água, principalmente nas primeiras quatro semanas após as chuvas e de forma especial em água barrenta ou enchentes. Também é de fundamental importância para o controle da doença, a notificação dos casos suspeitos ou confirmados. Para tanto, na presença de eventuais situações, comunicar imediatamente ao Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) da Santa Casa e instituir o protocolo de atendimento do referido agravo.
www.stacasa.com.br
postado por Victória Sá

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